segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Travessuras ou Gostosuras?...



Batidas na porta, uma baita algazarra
Espio de leve e olha o que vejo
Bruxinhos, duendes, sacis e morcegos
- Travessuras ou gostosuras?
Lembrei-me, então, de outrora,
Quando em turminha alegre eu saía
No Dia das Bruxas, batendo nas portas,
Pulando, cantando e indagando feliz:
- Travessuras ou gostosuras?
E ficava ansiosa, esperando e torcendo
Para ouvir, afinal: gostosuras!
(Eu não era muito chegada às travessuras)

As coisas mudam.
Hoje, não sou mais criança
Hoje não vou mais bater nas portas
Nem torcer por gostosuras.
Hoje eu sei como fazê-las.
E vou contar um segredinho
Meu gosto mudou bastante,
Prefiro as travessuras.
Aprendo a transformá-las
Nas melhores gostosuras.
Gostosura é muito melhor
Quando já foi travessura.

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(pequena homenagem ao Dia das Bruxas)

Sueli Benko

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Saudade



Quando se fala em saudade,
fala-se de quem se foi.
De quem, talvez, um dia volte,
ou de quem não mais vai chegar.
De qualquer forma, ela é triste,
sempre nos traz muitos “ais”.
Ou, como diz o Neruda:
“Saudade é sentir que existe
o que não existe mais”
Mas a mais triste saudade
não é a de quem foi-se embora,
não é a de quem longe está,
nem de quem não vai voltar.
A saudade que maior dor nos traz,
é aquela que a gente sente
daquele que outrora foi
aquele que perto está.

(Sueli Benko)

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Meu amor é meu!



Nada como ficar a sós comigo mesmo por um tempo para acreditar que nesta vida, 
minha melhor amiga, constante e fiel companheira sou eu mesma.
Sou a única pessoa com total condição de cuidar de mim.
E tem gente que ainda comete a crueldade de abandonar-se 
ou de entregar-se a outrém.
Quem disse que para amar é preciso se entregar?
Perder-se, sim, é muito triste.  
Qualquer alegria que venha de uma entrega, 
é falsa e termina logo.
Amo sim, mas vivo muito bem carregando meu amor comigo.

Meu amor é por ti, mas não é teu.
Nessa distância coberta de indiferença 
que insistes em colocar entre nós,
ai de mim se o tivesse te entregado...

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Belém do Pará



Uma viagem planejada já há dois anos.
Chegou o dia.
Um dia, alguém me disse que seu sonho era me levar para lá.
Essa pessoa não viveu o suficiente para isso,
mas estou indo conhecer Belém do Pará.

Até a volta, gente!


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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vazio no peito...


"Parece que estou com um vazio no peito...
Não sou perfeita, às vezes descuido.
 É hora de me encher de mim!"

Quem de nós já não sentiu alguma vez na vida essa sensação de vazio no peito? Geralmente pensamos que é falta de alguém.  Mas, é mesmo. E esse alguém chama-se "nós mesmos". Preocupamo-nos tanto em satisfazer os anseios de nossa mente (cabeça) que esquecemos os de nossa alma (coração). Quem "precisa" de outrem é a cabeça e não o coração. Quando aprendermos a entender os desejos verdadeiros do nosso coração, saberemos que ele apenas quer estar pleno, completo e repleto de si. Ele não quer ser doado, mas nossa mente adora doá-lo a outras pessoas. Então, quando o doamos e não temos o retorno, sentimos um vazio no peito. Pior é quando deixamos que a outra pessoa o leve embora. Na verdade, quando alguém vai embora de nossa vida, não está nem aí para nosso coração. Essa pessoa não o leva. Nós é que o enviamos junto, disfarçado como um forasteiro e muitas vezes, o outro nem o percebe. E se ele quer voltar, não deixamos. Preferimos muitas vezes a dor do vazio do que nos preencher de nós mesmos. 

Não pensem que sou contra o amor. Apenas acho que as pessoas devem amar com aquele amor que se entrega, enquanto isso faz bem a elas. Mas essa entrega, não pode ser de si. Entrega-se amor, carinho, companheirismo, sinceridade, cumplicidade, etc. Mas, o coração, não. O coração é nosso e não deve sair de seu lugar. Ele tem que ser diariamente nutrido e amado para cumprir o seu papel. Somente nós mesmos temos condições de amá-lo sempre, em todos os dias de nossas vidas.. até o último! Assim, mesmo que venham as perdas, teremos forças para superá-las. Algumas lágrimas podem vir também, sem problemas, até  podem fazer bem,  mas o vazio no peito, não. É muito cruel com a gente mesmo. Ninguém merece.

Sueli Benko

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Opto por ficar onde estou



Às vezes, quando penso estar agradando,
percebo que alguém está querendo me ver pelas costas.
Minha sorte é não mais me importar com a posição em que me encontro,
desde que seja a posição em que desejo ficar.
Não corro mais para a frente de ninguém,
com o intuito de ser notada.
Quem quiser me ver melhor, 
precisará virar-se e olhar de frente para mim,
assim como faço com todos a quem eu amo.
Quem preferir olhar-me com os olhos imaginários das costas,
ainda assim conseguirá me enxergar,
mas não conseguirá ver o que há de melhor em mim:
o meu amor.

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domingo, 4 de setembro de 2011

Colorindo...



Ela, tal qual uma paleta,  
se abre em cores para a vida,
enquanto ele se transforma no pincel
que pinta a mais colorida das amizades ...

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Temos tanto em comum...



Temos tanto em comum,
dividimos tantas coisas,
o mesmo ar,
o mesmo sol,
a mesma lua
(às vezes, até mesmo, a mesma opinião)
e tantas outras coisas mais...

Só não temos um ao outro.
Mero detalhe ... (ou não?)

Su Benko

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Para que facilitar se podemos complicar?...

(foto tirada no restaurante, enquanto aguardava o meu almoço e escrevia este texto...)


Quanto mais entendo a simplicidade da vida, mas difícil se torna entender as complicações que certas pessoas fazem questão de colocar em suas vidas. Quando digo “certas pessoas”, lembro-me que, num passado não muito distante, cabia a mim também essa acusação.

Como já me servi dessa experiência,  posso afirmar que parte disso se dá devido ao valor exagerado que costumamos dar para o mal, ao invés de gastarmos nosso tempo valorizando o bem. Parece ser mais fácil ficar triste porque alguém se esqueceu de nos telefonar do que ficar feliz por não estar sentindo alguma “dor de verdade”. Como alguém já disse, notícial boa não dá IBOPE.

Parece não ter importância alguma em nossa vida, o despertar saudável a cada manhã, a tranquilidade de não ter um filho na guerra, a certeza do alimento na mesa a cada dia, o carinho constante dos amigos, nada... Nada tem tanta importância, por exemplo, quanto um desejo não realizado, uma palavra mal dirigida ou uma falta de atenção recebida.

No entanto, isso acontece por pura falta de atenção, falta de nos lembrarmos que temos muitas riquezas encobertas pela névoa da nossa indiferença. Basta vivenciarmos essas dádivas e nos conscientizarmos delas a cada instante.

Mas, alguém, com certeza irá responder “Ah! Mas a vida é assim mesmo, isso é normal.”
“Sim”, respondo eu. É normal. Infelizmente. Aí é que está o problema: ser normal.
Normal, simplesmente porque a maioria age assim.

Por essas e outras, declaro que não sou mais uma pessoa normal! Estou adorando ser “anormal”!

E salve minha saúde, o alimento que estou aguardando, a taça de vinho que estou bebendo, as minhas pernas que me guiam, os meus braços que me abraçam e a minha vida que estou vivendo!


Sueli Benko

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cabeça de Bagre


Esse termo “cabeça de bagre” surgiu pelo fato do bagre ser escorregadio, principalmente na parte da cabeça, e é usado para expressar que nada entra na cabeça da pessoa, pois tudo que tenta entrar, escorrega, ou seja, uma cabeça dura ou uma cabeça de vento...

...


Pois é, o título deste post foi escolhido em homenagem à minha pessoa e o texto em si é uma homenagem que desejo fazer, embora atrasada, para minha amiga-irmã, Maria Claudete. A Cabeça de Bagre aqui, simplesmente se esqueceu que sábado, dia 13/08, foi aniversário dela. (Que vergonha!). Mas, busco agora palavras do fundo do meu coração e ...


Amiga, venho a público desculpar-me e dizer-te tudo que gostaria de te dizer pessoalmente, mas que a distância não permite (pelo menos, por enquanto).

Clau, por acaso, nós nos cruzamos por esta blogosfera, mas não foi por acaso que nossa amizade tomou tamanha proporção. A admiração que sinto por ti é tão grande, que não me canso de agradecer à Vida, por ter te colocado em meu caminho. Somente uma Alma do calibre da tua tem condições de enfrentar com tanta dignidade tantos tipos de adversidades nesta vida e continuar incólume. Sempre brilhando, a iluminar os caminhos de tanta gente! Sempre resplandecendo, envolve-nos, teus amigos e familiares, com uma infinidade de bons exemplos.

Retidão, inteligência, honestidade e competência são qualidades que encontraram doce morada em tua pessoa e ali se tornaram iscas para todos nós, pois da tua amizade só abre mão quem não sabe dar valor a quem o tem. O amor que habita em teu coração é tão grande que me enche de orgulho quando demonstras tua capacidade de doá-lo de forma tão peculiar e carinhosa, pois sei que faço parte desse rol de seres que desfrutam dele e quão feliz me faz essa atenção que me dedicas.

Amiga, é tarde para te desejar feliz aniversário, pois ele já passou, mas espero que tenhas podido comemorar com muita felicidade juntos aos teus e felicidade plena eu te desejo para o resto da vida! De minha parte, guardo um abraço bem apertado para te dar muito em breve! Quem sabe assim, eu mate esta saudade tão grande que está aqui dentro do meu peito.

Maria Claudete, eu amo você! 

Um beijo, um abraço e todo meu carinho!

Su

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Perdes tanto tempo...


Perdes tanto tempo tentando me modificar...
Bastaria modificar essa tua vontade de me mudar.
Seria tudo tão mais simples...
Para ti que não gastarias teu tempo em vão,
Para mim, que não me perderia no desconforto
de sempre ter que te dizer “não”!

(Sueli Benko)

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Liberdade!



Ah, se eu tivesse aprendido mais cedo
a dar o devido valor à minha liberdade!
Ah, se eu não tivesse insistido tanto
em manter-me presa até naquilo que não me queria...

Quantas lágrimas desperdiçadas,
quanto amor mal dirigido,
quantas noites mal aproveitadas,
quanto de mim esteve por aí, perdido.

Mas, bem dizem os mestres, tudo tem seu tempo...
Hoje, vejo com pesar quem prende algemas em suas próprias mãos
e sei que devo me calar, 
quando olho para as cicatrizes dos meus próprios pulsos.

Quantas algemas já me coloquei,
em quantas correntes já me enrolei,
quantos grilhões eu já inventei...

E era tão simples ser livre...
Bastava amar e não, “precisar de”.

(Sueli Benko)

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meus cabelos brancos


Nesta baita vontade de me conhecer melhor, coisa que eu deveria ter começado fazer há muito mais tempo, resolvi ver-me exatamente como sou no plano físico também, isto é, não estou pintando os meus cabelos há mais de três meses.

Por enquanto, é somente a vontade de me ver ao natural, nem que seja por somente um dia. É claro que pretendo pintar novamente. Alguns me dizem que sou muito corajosa, mas estou curtindo muito a idéia, gente!

Quando conseguir ficar totalmente ao natural, sem qualquer fio pintado, tiro uma foto e venho mostrar para vocês... rs.

Su


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma pitada de saudade ...



Uma pitada de saudade
passeia pela minha tarde.
Quando ela for embora vou seguí-la.
Quem sabe consigo saber de onde ela vem...

Sueli Benko

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Enfim, estou de volta!!!



Tanto tempo na dúvida se continuava com o blog antigo ou se iniciava outro, pois durante esse tempo em que fiquei afastada da Blogosfera, tanta coisa mudou em minha vida, que, tirando meu emprego, penso que não tenha sobrado mais nada que eu possa chamar de “o mesmo”. 

Mas, eu gostava muito do Fenixando e, o que me proporcionou a decisão final de criar um novo blog foi aquela janelinha que aparecia solicitando uma senha, todas as vezes, que nós o conectávamos (migram.uol... qualquer coisa).

Resultado: este é um seguimento daquele, mas não é aquele. Perfeito! Bastou acrescentar o número “2” e fiquei plenamente satisfeita. Espero que meus amigos continuem visitando-me por aqui. Eu queria muito que essa volta fosse no Dia do Amigo, para homenageá-los, mas foi impossível.

Estou de casa nova, em todos os sentidos. Porém, apesar de muitas mudanças, ainda sou a mesma (na minha essência, pois, o que não era essência joguei tudo fora). Agora, estou na fase de aprender a me conhecer de verdade e estou gostando muito. Perdi alguns medos que atrapalhavam minha vida. Perdi, principalmente, o medo de perder. Só quem não tem esse medo sabe o que significa o verdadeiro sentido da liberdade, pois ele escraviza, tortura e, muitas vezes, pode matar também.

Perder o medo de perder facilita o convívio mais frequente com a paz e a felicidade. Num outro blog, certa vez escrevi que as perdas começaram muito cedo em minha vida e sempre me machucaram muito. Ou melhor, elas não me machucavam; eu é que me machucava com elas.

E como a gente “se” machuca nesta vida, não? O pior é que não enxergamos isso. Sempre achamos que é algo ou alguém que o faz. Mas hoje tenho absoluta certeza que não. Somos nós mesmos que damos importância  exagerada ao nosso ego. Não que ele não seja importante, não foi isso que eu quis dizer, mas na função de satisfazê-lo, deixamos de lado aquilo que há de mais importante e que pode trazer-nos a verdadeira felicidade: “os anseios da alma”.

Nossa., gente, vim aqui apenas para contar que voltei e já chego com minhas “dissertações” (rs). Outro dia volto para falar mais um pouco dos anseios da alma; hoje é apenas o dia de voltar e estou comemorando, pois a Blogosfera fez muita falta no meu dia a dia. Aos poucos vou visitar todo mundo, viu?  

Esse layout não é definitivo não. Foi feito às pressas, mas vou tentar fazer um bem mais bonito. Ainda falta completá-lo, mas a vontade de voltar hoje era tanta que está tal minha casa nova: não está pronta, mas já dá pra receber, afinal, já tem lugar para sentar...rs

Também quero fazer um convite muito importante, em público: convido minhas amigas Maria Claudete e Marilu para serem as madrinhas deste blog!

Um beijo a todos e até mais!

Su